Grupo de bolsonaristas calunia o Brasil nos EUA e passa vexame

A audiência realizada em uma subcomissão do Congresso dos Estados Unidos para atacar, com ajuda de parlamentares bolsonaristas e foragidos da Justiça, a democracia brasileira foi esvaziada e teve mentiras golpistas desmascaradas.

Dos 10 membros do subcomitê de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais, somente seis estiveram presentes.

Desses seis, apenas o presidente do órgão, o republicano Chris Smith, e a democrata Susan Wild ficaram até o final. Por outro lado, os bolsonaristas tentaram dar à audiência uma importância que ela não teve.

Estiveram presentes os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Filipe Barros (PL-PR), Eduardo Girão (Novo-CE) e Nikolas Ferreira (PL-MG), que defendem a liberdade de disseminar mentiras sobre o processo eleitoral e de atacar a democracia.

Eles estavam ao lado do foragido da Justiça Allan dos Santos, condenado a 1 ano e 7 meses de prisão, do ex-comentarista da Jovem Pan, e de Rodrigo Constantino, que apoiou o golpe do dia 8 de janeiro.

Paulo Figueiredo, também ex-comentarista da Jovem Pan, esteve no evento enquanto “debatedor”. Segundo a Polícia Federal, ele usava seu espaço na rádio para pressionar os militares a aderir ao golpe bolsonarista.

O professor de estudos brasileiros na Universidade de Oklahoma, Fábio de Sá e Silva, rebateu as mentiras de Paulo Figueiredo e dos trumpistas presentes explicando que o golpe do dia 8 de janeiro “não aconteceu do nada”.

“Ele foi o resultado de um longo processo pelo qual políticos, influenciadores de mídia e outros, usando redes sociais, trabalharam para descredibilizar as instituições brasileiras e espalhar duas mentiras”, continuou.

A primeira é que “as eleições brasileiras teriam sido fraudadas” e “ilegítimas”. A outra é que “os militares tinham autoridade constitucional para tomar o poder”.

A deputada democrata Susan Wild afirmou que “o ataque de 8 de janeiro [em Brasília] foi claramente inspirado pelo 6 de janeiro [de 2022]”, realizado por apoiadores do ex-presidente Donald Trump contra o Capitólio para impedir a posse de Joe Biden.

“Ao invés de fortalecer nossa relação, uma audiência como essa só serve para minar essa relação. O Brasil é uma democracia vibrante e forte, com uma sociedade civil robusta e mídia robusta. E um sistema eleitoral que é considerado um dos mais seguros e rápidos do mundo”, declarou.

“Acredito que precisamos de mais investigação dos dois eventos e do papel que os EUA podem ter desempenhado, incluindo de elementos de extrema direita que no mínimo expressaram apoio a essa tentativa de golpe [no Brasil]”, continuou.

A parlamentar Sydney Kamlager-Dove denunciou que a audiência era “uma tentativa de minar a democracia brasileira ao dar uma plataforma para os mesmos indivíduos que espalharam mentiras sobre as eleições”.

Ela apontou que os bolsonaristas “se inspiraram no negacionismo eleitoral de Trump” para organizar o golpe de 8 de janeiro. “As teorias da conspiração que permitiram isso representam uma ameaça muito real à democracia”, ressaltou.

O republicano Chris Smith disse que vai apresentar um projeto para sancionar países onde existam, na visão dos Estados Unidos, violações a direitos fundamentais, como a “liberdade de expressão”.

Sua ideia, apoiada pelos bolsonaristas, é sancionar o Brasil com base nas falsas acusações de cerceamento da liberdade de expressão.

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Uma resposta

  1. corja de sem vergonhas, vagabundos, bandidos e estelionatários de votos. viajam ás custas dos cofres públicos para difamarem o próprio País(Brasil). como alguém em são consciencia e responsável, pode dar seu voto para esses esgotos fétidos e podres, como esses aí da foto??? certamente têm o mesmo caráter desses politicanalhas.

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