Senado identifica mais 27 golpistas invasores e aciona a PGR para denunciá-los

Nomes ainda não foram revelados. Casa legislativa informa que é para não atrapalhar as investigações, uma vez que alguns deles continuam soltos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai receber do Senado, na próxima semana, nova representação com informações sobre 27 bolsonaristas, terroristas, que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, dia 8 de janeiro, de acordo com a Polícia Legislativa da Casa.

Os nomes dos golpistas ainda não foram revelados. Segundo o Senado Federal, isso é para não atrapalhar as investigações, uma vez que alguns desses criminosos continuam soltos e podem dificultar qualquer ação da PF (Polícia Federal).

A PGR já havia encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) representações contra 39 invasores terroristas identificados pelo Senado. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), encaminhou pessoalmente os pedidos de denúncia ao procurador-geral da República, Augusto Aras.

BLOQUEIOS E PERDA DE CARGO PÚBLICO

A PGR pede, nesse primeiro pacote de denúncias, que sejam bloqueados os bens dos golpistas, que somam R$ 40 milhões.

Esse montante vai ser destinado para reparar os danos e a perda dos cargos de servidores públicos que praticaram os ataques golpistas e de vandalismo.

BUSCA E APREENSÃO

A PF cumpriu, no início deste mês, mandados de busca e apreensão contra policial legislativo do Senado considerado suspeito de auxiliar os golpistas, no dia da invasão, depredação e furto.

Ele foi denunciado ao STF pelo Gecaa (Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos) da PGR. O coordenador do grupo, Carlos Frederico Santos, pediu que o policial seja afastado da função durante as investigações.

GRUPO ESTRATÉGICO

O procurador-geral da República, Augusto Aras, instituiu, dia 11 de janeiro, o Gecaa (Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos) para coordenar as ações e o trabalho de investigação dos crimes tanto na Suprema Corte, quanto nas demais instâncias de atuação do MPF (Ministério Público Federal), respeitada a independência funcional dos membros.

O Grupo Estratégico é coordenado pelo subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, que tem competência para oficiar nos processos relativos ao tema e que estão em tramitação no STF, tanto no plenário quanto nas duas turmas.

Cabe ao coordenador do GE a escolha e a indicação de membros para compor o grupo.

CRIMES DENUNCIADOS

No processo, que corre no Supremo, cinco são os crimes denunciados:

  • associação criminosa armada;
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • golpe de Estado;
  • dano qualificado pela violência e grave ameaça com emprego de substância inflamável contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima; e
  • deterioração de patrimônio tombado.

No total, são 66 pessoas que já foram identificadas pelo Senado e poderão responder a processos perante a Justiça. Pacheco garantiu que as consequências serão severas para quem cometeu os ataques golpistas de vandalismo, depredação e violência no dia dos atos golpistas.

M. V.

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