“Prévia” do BC para PIB é de 0,89%

Previsão para crescimento da economia é menor do que a do ano de 2018

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, considerado uma “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), registrou que a economia brasileira cresceu abaixo de 1% em 2019, mais precisamente 0,89%, um resultado abaixo do ano de 2018, quando a economia teve um resultado de 1,3%. O indicador do Banco Central foi divulgado nesta sexta-feira (14).

O resultado oficial do PIB de 2019 será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 4 de março.

As estimativas para o PIB do ano passado estão em torno de 1,12%, segundo o boletim Focus do Banco Central, e de 1,2%, conforme anunciou o ministro parasita Paulo Guedes em Davos na Suiça aos “investidores” estrangeiros.

Todas as estimativas estão abaixo dos resultados de 2017 (1,3%) e de 2018 (1,3%), obtidos após a maior recessão da história do país em 2014-2016).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país. O IBC-Br incorpora as estimativas para a agropecuária, a indústria, o setor de serviços e impostos. Ainda que os cálculos sejam diferentes, a realidade é uma só.

O primeiro ano do governo Bolsonaro foi um desastre para a economia.

A produção industrial caiu -1,1% em relação ao 2018. Em dezembro, a indústria recuou -0,7% e operou 18% abaixo do seu ponto mais alto (maio de 2011).

As vendas do comércio varejista decepcionaram os arautos da “recuperação” que chegaram a anunciar um resultado de 9,5% nas vendas natalinas. No último trimestre, nem a liberação do FGTS nem a Black Friday deram fôlego ao setor que viram suas vendas caíram -0,1% em dezembro e fechar o ano em apenas 1,8%.

Depois de quatro anos desabando, o volume de serviços prestados no Brasil teve um leve resultado positivo, mas muito próximo de zero, de 1% em 2019.

As compras industriais em dezembro também desabaram: -4,9%.

Os ataques promovidos pelo governo à Previdência Social e aos direitos trabalhistas só fizeram aumentar o trabalho informal no país, um recorde de cerca de 40 milhões de brasileiros no trabalho precário.

Em dezembro, o desemprego atingiu 11,6 milhões de brasileiros. E os preços da cesta básica, do gás de cozinha, dos combustíveis, da conta de luz, dos remédios, dos transportes coletivos dispararam.

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