Otto Alencar: juro alto do BC “está prejudicando toda a atividade econômica no Brasil”

O senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que a manutenção dos juros nas alturas pelo Banco Central, presidido por Campos Neto, está arruinando e economia do país.   

O Banco Central “tem uma posição conservadora no que tange à manutenção dos juros, porque todos os indicadores da economia levam à diminuição dos juros”.

Em discurso no Senado durante os debates em torno do projeto do arcabouço fiscal, Otto Alencar observou que a taxa de juros de 13,75% do BC, “está prejudicando toda a atividade econômica no Brasil”.

“Eu tenho aqui uma matéria de O Estado de S. Paulo de ontem que diz o seguinte: ‘Para driblar juro, varejo reduz encomendas e atinge indústria’. Está aqui em O Estado de S. Paulo de ontem. Todas as indústrias, todo o setor industrial está com os seus estoques em conservação, ou seja, sem saída para o consumo, para o varejo por causa dos juros”, comentou o senador.

O senador cobrou que o BC “venha a encontrar uma saída para que os juros baixos possam movimentar a economia e promover o desenvolvimento econômico e social do país, com a geração de emprego e de renda”.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu na quarta-feira (21), manter a taxa Selic em 13,75% ao ano – patamar em vigor desde agosto de 2022. A decisão na prática significa elevação das taxas reais de juros (descontada a inflação) já que está em queda.

O BC não só não baixou os juros como também não sinalizou para reduções futuras.

No comunicado, o BC minimiza a queda da inflação e comemora a queda da atividade econômica, como pode ser visto no trecho abaixo, divulgado pelo BC.

“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue consistente com um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres” , aponta o BC. E prossegue: “O crescimento acima do esperado no primeiro trimestre refletiu principalmente o forte desempenho do setor agropecuário. Não obstante o arrefecimento recente dos índices de inflação cheia ao consumidor, antecipa-se uma elevação da inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre“, argumenta.

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