Marina: “política do governo subalterna aos EUA é medíocre e lamentável”

A ex-ministra Marina Silva (Rede) criticou a subserviência de Bolsonaro a Donald Trump, após o norte-americano anunciar que sobretaxará o aço e o alumínio brasileiros.

“Tenho repetido que o alinhamento automático do governo com os Estados Unidos, oferecendo vantagens sem a devida reciprocidade, reposiciona o Brasil no cenário mundial em uma condição subalterna. A postura dos operadores da política externa de nosso país tem sido medíocre e lamentável”, afirmou a ex-ministra.

“O trabalho de décadas da diplomacia brasileira tem sido desmontado”, prosseguiu Marina, “e substituído por atitudes e declarações de uns inábeis arrogantes, outros pusilânimes e subservientes, que vêm causando prejuízos para o comércio internacional de nossos produtos e, por consequência, à economia”.

Em suas contas nas redes sociais, a ex-ministra listou os prejuízos ao Brasil provocados pelo governo Bolsonaro, desde que assumiu a presidência.

“A lista dos prejuízos e derrotas que o Brasil vem acumulando em relação aos EUA, do ponto de vista político, diplomático e comercial, só aumenta:

– Não efetivação da entrada na OCDE;

– Renúncia do tratamento diferenciado na OMC;

– Taxação do aço e do alumínio brasileiros;

– Prejuízo aos produtores brasileiros de etanol e trigo;

– Riscos à soberania nacional ao assinar o acordo do uso da base da Alcântara, etc.”.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) também comentou a decisão de Trump e a subserviência de Bolsonaro.

“O “I love you” de Bolsonaro continua trazendo consequências para o Brasil. Graças à desvalorização do real, causada por Bolsonaro e Guedes, o tão amigo Trump anunciou que vai reimpor tarifas de aço e alumínio do Brasil. Não era amor, era interesse…”, disse.

O senador tratou a relação de Bolsonaro com Trump como “relacionamento abusivo”.

“Relacionamento abusivo é uma realidade. O presidente precisa encontrar um psicólogo. Esse tipo de relacionamento fica ainda mais agressivo quando atinge outras milhões de pessoas, que é o caso do Brasil. O povo tá pagando caro por esse amor doentio!”, completou.

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