O presidente da Venezuela, Maduro, anunciou recentemente o aumento de preço da gasolina super de US$ 0,01 o litro para US$ 0,95, o primeiro reajuste em duas décadas. O aumento da antes “gasolina mais barata do mundo”, entrará em vigor nesta sexta-feira, sendo de 1.328,5% para a normal e de 6.085% para a super. Na América Latina, o preço do combustível varia entre US$ 0,55 (Equador) e US$ 1,41 (Uruguai).
Em cadeia de rádio e televisão, Maduro disse que a medida é uma “ação necessária” para enfrentar a grave crise econômica em que o país se vê mergulhado, com a inflação oficial anualizada em 141,5%.
“A gasolina precisa ser vendida a preço internacional para parar o contrabando para a Colômbia e o Caribe”, declarou o venezuelano, avaliando que a perda anual com o desvio alcança os US$ 18 bilhões (R$ 70,2 bilhões).
O presidente da Petróleos de Venezuela (PDVSA), Rafael Ramirez, declarou que o aumento exorbitante é “uma traição a Chávez” e nem mesmo Carlos Andrés Perez (que os venezuelanos apelidaram de Carniceiro) ousou praticar. “É incrível que se transfira o peso da crise e da ineficiência do governo ao povo”, acrescentou Ramirez.
Esclareceu que a população venezuelana ficará “mais pobre”: “Quando o governo aumenta a gasolina a preços internacionais faz com que o cidadão venezuelano pague o mesmo que europeus e norte-americanos, que vivem em países onde os salários são muito maiores”.
Ramirez esclareceu que quando dirigiu a empresa estatal de petróleo ajustou o preço para o custo da produção para não tirar do povo seus ingresso “agora ainda mais desvalorizados pela crise econômica”.
O governo de Maduro tenta se defender das críticas à absurda majoração dizendo que os combustíveis serão subsidiados para os que possuírem a “Carteira da Pátria” (espécie de Bolsa Família com cestas básicas que, em meio ao desastre de destruição do emprego e dos salários serviram – tal como aqui – como fator de chantagem eleitoral. Na Venezuela, serviu como um dos artifícios usados para legitimar poderes absolutos ao inepto Maduro, na recente farsa de “renovação constitucional”).
Maduro informa que gasolina sofrerá aumento de 6.085%

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