Lula denuncia “iminente extradição” de Assange aos EUA e quer que mundo barre a arbitrariedade

“Assange fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro. Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa”, disse Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste sábado (10), por meio de suas redes sociais, que está muito preocupado com a possibilidade iminente de extradição do jornalista Julian Assange para prisões nos Estados Unidos.

“Vejo com preocupação a possibilidade iminente de extradição do jornalista Julian Assange. O repórter investigativo fez um importante trabalho de denúncia de ações ilegítimas de um Estado contra outro. Sua prisão vai contra a defesa da democracia e da liberdade de imprensa. É importante que todos nos mobilizemos em sua defesa”, disse Lula.

Fundador do site WikiLeaks, Assange denunciou crimes de guerra do governo americano e foi preso pelo governo inglês a pedido da Casa Branca. Ele é um preso político e está atualmente detido no Reino Unido sob falsas acusações. A Justiça inglesa acaba de decidir pela sua extradição para os Estados Unidos.

Segundo sua esposa Stella, Julian Assange apresentará um novo recurso ao Supremo Tribunal do Reino Unido, após a decisão de outro juiz que rejeitou sua moção anterior e abriu caminho para entregar o fundador do WikiLeaks ao governo americano. Tanto ela quanto Lula pedem que o mundo inteiro proteste contra a decisão da Justiça inglesa.

O recurso anterior de Assange da ordem de extradição de junho de 2020 foi rejeitado no início desta semana. Em 6 de junho, o juiz Jonathan Swift, da Suprema Corte da Inglaterra e do País de Gales, rejeitou todos os oito fundamentos de sua moção, dando ao editor do WikiLeaks um prazo de cinco dias para apresentar seu caso a um painel de dois juízes.

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