Intelectuais e artistas pedem que Brasil rompa relações com a ditadura israelense

“Apesar de propostas de cessar-fogo apresentadas pelo Brasil e da solução de 2 Estados, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segue realizando ataques desumanos e cruéis contra civis”, denunciam

Intelectuais brasileiros enviaram uma carta ao presidente Lula pedindo que o Brasil rompa relações diplomáticas com o regime de Israel. São 44 personalidades como artistas, escritores, advogados e intelectuais que assinam a carta denunciando os crimes da ditadura de Netanyahu e seus crimes.

Eles chamam a atenção para o fato de que, apesar de propostas de cessar-fogo apresentadas pelo Brasil e da solução de 2 Estados defendida pelo governo brasileiro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segue realizando “ataques desumanos e cruéis contra civis”, o que obriga o mundo a “ir além de gestos e propostas diplomáticas”.

“Essas medidas, adotadas por nosso país e sob uma liderança de sua envergadura, certamente serviriam de exemplo a outros governos e constituiriam uma imensa contribuição para que se encerre essa carnificina insuportável”, concluem o texto.

Leia o texto original:

“Estimado presidente Lula

“Antes de mais nada, queremos saudá-lo por seu comportamento sempre firme e coerente em solidariedade ao povo palestino, denunciando reiteradamente o genocídio do qual é vítima, especialmente suas mulheres e crianças.

“O Brasil tem apresentado seguidas propostas para o cessar-fogo na Faixa de Gaza e a solução de dois Estados estabelecida por resoluções internacionais. Graças ao seu governo, somos uma das nações que reconhecem, no âmbito das Nações Unidas, a soberania e a independência da Palestina.

“No entanto, a crescente violência imposta pelo governo Netanyahu, com ataques desumanos e cruéis contra civis, obriga o mundo a ir além de gestos e propostas diplomáticas, como já debatem diversos países da União Europeia e outras regiões.

“O governo Netanyahu viola abertamente deliberações emanadas da Corte Internacional de Justiça, colocando-se à margem do direito, além de desrespeitar o Conselho de Segurança e a Assembleia Geral da ONU.

“Recentes ataques contra um acampamento de deslocados em Rafah, no sul de Gaza, com dezenas de inocentes assassinados, demonstram claramente inaceitável desprezo à ética humanitária.

“Estamos convencidos, querido presidente, que é hora de nosso país se juntar às demais nações que romperam relações diplomáticas e comerciais com o Estado de Israel, exigindo o cumprimento das decisões que colocam fim ao genocídio e garantem a autodeterminação do povo palestino.

“Essas medidas, adotadas por nosso país e sob uma liderança de sua envergadura, certamente serviriam de exemplo a outros governos e constituiriam uma imensa contribuição para que se encerre essa carnificina insuportável.

Assinam a carta:

“Amanda Harumy

Anita Leocadia Prestes

Antônio Carlos de Almeida Castro

Arlene Clemesha

Berenice Bento

Breno Altman

Bruno Huberman

Carol Proner

Cézar Brito

Chico Buarque

Eleonora Menicucci de Oliveira

Emicida Eugênio Aragão

Francirosy Campos Barbosa

Gilberto Gil Heloísa Vilela…

Jamal Suleiman

Jessé Souza

João Pedro Stédile

Jones Manoel

José de Abreu

José Dirceu

José Genoíno

Juliana Neuenschwander…

Juarez Tavares

Kenarik Boujikian

Larissa Ramina

Luiz Carlos Bresser Pereira

Luiz Carlos da Rocha

Manoel Caetano Ferreira Filho

Manuella Mirella

Margarida Lacombe

Marly Vianna

Milton Hatoum

Nathalia Urban

Ney Strozake

Paulo Borba Casella

Paulo Nogueira Batista Jr.

Paulo Sérgio Pinheiro

Paulo Vannuchi…

Pedro Serrano

Reginaldo Nasser

Salem Nasser

Ualid Rabah

Wagner Moura

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