IBGE: Oscilação positiva não muda quadro, desemprego no trimestre está 9,1% maior do que em 2016

Mais de 1,1 milhão de pessoas perderam seus empregos em um ano, informam os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua referente ao trimestre de junho-julho-agosto. Isso significa que a população desocupada, estimada em 12 milhões de pessoas no mesmo trimestre de 2016, cresceu 9,1% este ano – para 13,1 milhões de pessoas.

Enquanto isso, o governo continua aproveitando qualquer oportunidade para decretar “o fim da recessão”. Logo após a divulgação dos dados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Temer capitalizou a diminuição da taxa de desocupação em relação ao trimestre encerrado em maio – quando a taxa estava em 13,2% – como agenda positiva e fez propaganda de “boas notícias” na área econômica.

Além de a pesquisa observar um aumento substancial do desemprego em relação ao período que consideram um dos picos da recessão econômica (2016), a diminuição da taxa de desemprego na comparação trimestral só foi possível à custa de estatísticas que apenas confirmam a crise. Os empregos com carteira assinada tiveram variação zero e o contingente de pessoas que ingressaram no mercado informal cresceu (+ 286 mil pessoas na categoria de “empregado sem carteira assinada” e + 472 pessoas na categoria de “trabalhador por conta própria”).

PRISCILA CASALE

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