EUA se isola ao atacar Rússia na ânsia por mundo unipolar, afirma colunista dos EUA

“EUA foi derrotado em sua expectativa de reunir condições para deixar de lado Estados considerados como ‘indesejáveis’. Sua esperança se mostrou ilusória e vê a cada dia mais reduzida a sua capacidade de fortalecimento de um mundo unipolar em que dite as regras, declarou Ted Snider, o renomado colunista do jornal The American Conservative

“As tentativas de Washington de isolar países que desafiavam sua hegemonia resultaram, ironicamente, em nações-alvo se voltando umas contra as outras e formando uma comunidade de nações isoladas”, escreveu Ted Snider, frisando que, na verdade, o desejo dos EUA de separá-las ajudou a reforçar a quebra do mundo unipolar que prometeu evitar.

Em seu artigo o autor ressaltou que as tentativas do governo estadunidense de escantear a Rússia não encontram sustentação sequer dentro dos países considerados como aliados, como na QUAD (Diálogo de Segurança Quadrilateral – sua aliança informal com Japão, Austrália e Índia) e nem mesmo são unanimidade dentro da Otan.

“Os Estados Unidos esperava ter o poder e a influência para obrigar o mundo a isolar a Rússia. Fora da Europa, esta esperança se mostrou difícil de realizar, já que os EUA se esforçou para convencer os seus aliados da Quad e inclusive aos aliados da Otan, como a Turquia, para que se unissem a seus esforços para deixar o Kremlin de lado. Da mesma forma, Washington não conseguiu mover a gigante China. Mesmo na Europa, os esforços dos EUA para isolar a Rússia provaram ser ilusórios”, escreveu Snider.

A linha de segregar a Rússia, na sua opinião, provou ser difícil não apenas economicamente e diplomaticamente, mas também militarmente haja vista os exercícios Vostok 2022, que incluirão forças conjuntas com, entre outras nações, China e Índia.

“Em 15 de setembro, a SCO (Organização de Cooperação de Xangai – fundada em 15 de junho de 2001 pelos líderes da República Popular da China, Rússia, Cazaquistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Uzbequistão) assinou um Memorando de Compromisso com Teerã, que em breve tornará o Irã um membro pleno da organização que representa 43% da população mundial com contatos de alto nível e cooperação econômica com Rússia, China e Índia”, acrescentou.

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