Empresário golpista alvo da PF patrocinou eleição de Aras à PGR, revelam jornalistas

Meyer Nigri teria defendido o Procurador Geral da República após reportagem revelar suposta proximidade com petistas

Das trevas do anonimato, outras peculiaridades dos empresários golpistas começam a aparecer. É o caso do endinheirado Meyer Nigri, alvo da operação da PF (Polícia Federal) deflagrada na terça-feira (23), foi um dos fiadores da escolha de Augusto Aras para a PGR (Procuradoria-Geral da República).

A informação consta no livro “O fim da Lava Jato”, dos jornalistas Bela Megale e Aguirre Talento.

Segundo relatam, quando Aras trabalhava pela nomeação dele, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), reportagem revelou a realização de festa oferecida por Aras, na residência dele, à qual foram convidadas lideranças petistas como o ex-ministro José Dirceu, condenado pelo mensalão e pela Lava Jato, e o ex-presidente do PT, Rui Falcão.

O chamado mensalão (2005) — escândalo de suposta compra de votos — foi trama urdida pela direita para desestabilizar o governo Lula, no primeiro mandato (2003-2006), do ex-presidente.

A Operação Lava Jato (2014 / 2020) foi um conjunto de investigações, algumas controversas, realizadas pela Polícia Federal, que cumpriu mais de 1 mil mandados de busca e apreensão, de prisões temporárias, preventivas e conduções coercitivas, visando apurar esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões de reais em propina, denominado Petrolão.

PGR NA MIRA DAS HORDAS BOLSONARISTAS

Na ocasião, o atual PGR passou a ser criticado pela militância bolsonarista, e os auxiliares dele acreditavam que a indicação havia naufragado. Nesse momento, detalha o livro, o apoio de Nigri foi fundamental e ele tornou-se fiador da candidatura de Aras.

A Polícia Federal cumpriu na manhã da terça-feira (23) mandados de busca e apreensão contra empresários que teriam defendido golpe contra o regime democrático caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhe as eleições.

A informação foi revelada pelo portal Metrópoles.

“A Tecnisa é uma empresa apartidária, que defende os valores democráticos e cujos posicionamentos institucionais se restringem à sua atuação empresarial”, informou, por meio de nota.

M. V.

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *