Crimes da “Abin paralela” devem ser “rigorosamente apurados e punidos”, cobra Randolfe

O líder do governo Lula no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), afirmou na sua rede social que os crimes da “Abin paralela” devem ser “rigorosamente apurados e punidos”.

O nome do senador aparece na lista, divulgada pelo Jornal da Band, dos que foram espionados ilegalmente por bolsonaristas na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o antigo governo. Randolfe foi vice-presidente da CPI da Pandemia.

Para Randolfe Rodrigues, “a violação dos direitos fundamentais à vida privada, à honra e ao sigilo pessoal remetem às páginas mais autoritárias e obscuras da história do Brasil e da humanidade”.

“As revelações, ainda extraoficiais, de um dos maiores esquemas de espionagem ilegal da história provam que a eleição de Lula não foi somente para defender a democracia, mas, principalmente, para restaurá-la”, disse.

“Quaisquer indícios de violações a tais direitos devem ser rigorosamente apuradas e punidas. Por ora, aguardamos manifestação oficial quanto às autoridades que foram bisbilhotadas pela arapongagem instaurada no governo anterior”, continuou o senador.

“Fica cada vez mais evidente que a eleição de Lula salvou o Brasil do abismo de um autoritarismo de proporções catastróficas”, assinalou.

A lista divulgada pelo Jornal da Band aponta que o governo Bolsonaro espionou os ex-governadores de São Paulo, João Doria (sem partido), e do Ceará, Camilo Santana (PT), enquanto estes tinham seus mandatos.

João Doria também disse que é “preciso aprofundar as investigações e responsabilizar energicamente todos os responsáveis por esta afronta. O país exige transparência, integridade e respeito à sua Constituição”.

Ele ainda declarou sua “repulsa a este comportamento sórdido e condenável, não apenas no meu caso, mas de todos aqueles que estavam sendo ilegalmente espionados. A atitude transcende questões políticas e atinge a própria essência da democracia”.

Doria avalia que sua “posição em defesa da vacina e das medidas protetivas contra a pandemia de covid, me colocaram em posição oposta a do então presidente da República”.

Outros senadores da CPI da Pandemia, como o presidente da Comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), e até os membros Rogério Carvalho (PT-SE), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PI) e Alessandro Vieira (MDB-SE) também foram espionados.

Rogério Carvalho lembrou que “durante CPI da Covid denunciei no plenário do Senado que estava sendo vítima de espionagem. Hoje, a imprensa divulga lista dos parlamentares espionados e lá está o meu nome, conforme eu havia denunciado. Agora que ocorram as punições para que fatos dessa natureza jamais se repitam”.

O ex-ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintraub, que está brigado com a família Bolsonaro, comentou sobre a espionagem da Abin contra ele.

“A Abin me investigou ilegalmente? Depois do que sofri nas mãos do comitê de ‘ética’ da Presidência ou da PGR [Procuradoria-Geral da República] todos indicados por Bolsonaro…. Depois de ter sido ameaçado na véspera de Natal… Não estou surpreso. O bolsonarismo é uma lepra”, falou.

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