Claque bolsonarista ataca o Congresso, STF e Doria em ato esvaziado na Paulista

A esvaziada manifestação bolsonarista na Avenida Paulista, em São Paulo, teve como principais alvos de seus ataques o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador do estado, João Doria (PSDB).

No caminhão de som que esteve na avenida sem permissão, o Movimento Direita Conservadora estendeu uma faixa com os dizeres: “Todo o poder emana do povo, intervenção já!”.

O mesmo pedido pôde ser visto em várias placas e faixas levadas pelos manifestantes, que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) pelas Forças Armadas.

Rodrigo Maia (DEM-RJ), Davi Alcolumbre (DEM-AP), presidentes da Câmara e do Senado, e Dias Toffoli, presidente do STF, foram os alvos dos ataques. Foto: HP

No caminhão também havia até a bandeira da monarquia.

A hashtag #DesculpeJairMasEuVou foi usada no Twitter pelos manifestantes durante a manhã para desobedecer as recomendações sanitárias do próprio Ministério da Saúde, dirigido pelo ministro Luiz Henrique Mandetta.

O próprio Bolsonaro, pela manhã, em isolamento, desrespeitou as recomendações dos médicos e participou do ato em Brasília contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF).

Ele teve contato com apoiadores, sem máscara no rosto, e elogiou o ato golpista: “não tem preço o que as pessoas estão fazendo”.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP), foram atacados diretamente, acusados de atrapalhar o governo de Jair Bolsonaro com chantagens.

Uma grande faixa, feita para ser vista por helicópteros, pedia prisão para Rodrigo Maia.

No caminhão de som faixa pedindo “intervenção Já”.

Os manifestantes berravam “STF, preste atenção, a sua toga vai virar pano de chão”, enquanto os oradores do carro de som falavam que todos os ministros da Corte são de esquerda e foram indicados por presidentes de esquerda.

O governador de São Paulo, João Dória, foi atacado tanto pelos oradores no carro de som quanto pelos manifestantes.

Os bolsonaristas acusavam Dória de ter atrapalhado a manifestação com a proibição do uso do caminhão de som, sob multa de R$ 5,8 mil, e com os avisos do risco de transmissão do coronavírus.

“Foda-se o Dória”, “eu não votei no Dória”, diziam os manifestantes.

Jair Bolsonaro, depois de ter pedido a seus apoiadores que participassem da manifestação, sugeriu o adiamento por conta dos riscos da contaminação em massa por coronavírus.

P. B.

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