Argentinos fazem greve geral contra devastação macrista

Em um dia de greve e manifestações, mais de 200.000 pessoas tomaram as avenidas centrais de Buenos Aires. A greve geral de 24 horas foi convocada pelas entidades sindicais organizadas na Frente Sindical para o Modelo Nacional, junto com as duas Centrais de Trabalhadores da Argentina (CTAs), a Corrente Federal de Trabalhadores e outras entidades sociais.

Os manifestantes se concentraram na Praça de Maio, diante da sede do governo, onde realizaram  um ato contra o modelo de arrocho imposto pelo presidente Mauricio Macri e o Fundo Monetário Internacional.

“Exigimos salários dignos, negociações livres, mudanças na política econômica para que nosso povo consiga viver!”, proclamou o presidente do Sindicato de Caminhoneiros, Pablo Moyano, que foi acompanhado por pronunciamentos de outros representativos líderes sindicais como Hugo Yasky (CTA), Pablo Micheli (CTA-A) e Omar Plaini (Vendedores de jornais). “Esta greve é para acabar com a situação que deixa 35% na pobreza, em defesa dos aposentados e dos desempregados e por tantos trabalhadores que estão perdendo poder aquisitivo, contra este governo que só obedece às ordens do Fundo Monetário”, acrescentou Moyano.

“Cada vez que Macri nos diz que ratifica o modelo econômico neoliberal do FMI, nós ratificamos que vamos continuar brigando contra este modelo de fome, entrega e arrocho”, encerrou o sindicalista.

Aderiram à greve os trabalhadores bancários, pararam mais de 50 linhas de ônibus da capital e das cidades vizinhas, além do metrô, caminhões de coleta de lixo, correios, professores das escolas de primeiro e segundo grau e universidades, também participa da greve um importante setor da administração pública. Nos hospitais há atendimento mínimo como em um dia domingo. 

O governo espalhou um forte operativo de Segurança e já prendeu dúzias de manifestantes. 

Moyano deixou aberta a possibilidade de lançar novas medidas contra as medidas do governo e antecipou que nesta quarta-feira, 1º de maio, Dia do Trabalhador, a Frente Sindical se mobilizará e realizará distribuição popular de almoços.

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