Angra sofre com apagões e até prefeitura se une à população nas manifestações contra a Enel

Na Ilha Grande, a falta de luz chega a durar 48 horas seguidas, o que afeta o setor hoteleiro e a comunidade local

Desde de novembro de 2023, a população de Angra dos Reis, município do Sudeste do Rio de Janeiro, na região da Costa Verde, sofre com problemas de falta de energia elétrica, que foi privatizada.

O que faz com que o prefeito Fernando Jordão (PL) apoie manifestações da população contra o péssimo serviço prestado pela empresa de distribuição de energia — a Enel.

Na Ilha Grande, a falta de luz chega a durar 48 horas seguidas, o que afeta o setor hoteleiro e a comunidade local.

No continente, na maioria dos bairros, o serviço é interrompido por pelo menos 3 horas, todos os dias.

Daí, o prefeito convoca todos os secretários para ir para às ruas, com a população. “Se a situação não for resolvida, vamos convocar a população a parar de pagar a conta de luz”, protesta o prefeito.

A situação é tão acintosa e desrespeitosa contra a população, que prefeitura e Câmara de Vereadores se uniram contra a concessionária privatizada.

AUDIÊNCIA PÚBLICA NA CÂMARA

Em 22 de novembro de 2023, vereadores do município compareceram à audiência pública realizada pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados para pedir solução para a situação crítica da falta de energia em Angra dos Reis.

Membros da Comissão de Minas e Energia, da Câmara Municipal da cidade, estiveram em Brasília, com apoio do Legislativo federal, para participarem da audiência pública, para a qual foi convocado o presidente nacional da Enel, que não compareceu.

Os parlamentares pediram CPI contra a empresa.

CPI CONTRA A ENEL

Na ocasião, a expectativa na audiência pública era em torno da instauração de CPI contra a Enel.

“Foram 16 questões levantadas na Comissão de Energia em Angra, em uma audiência com a Enel, realizada neste ano [2023], e não cumpriram o que foi determinado, o pouco que estão fazendo, ainda mal feito”, questionou o vereador Chapinha (Cidadania).

“O descaso é muito grande”, explicou Chapinha, referindo-se à demora no restabelecimento da energia, mesmo quando não há evento que foge do controle.

Desde então os dias estão sendo marcados por protestos e manifestações pelas ruas e principais vias de acesso, o que tumultua o dia a dia dos angrenses.

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