Brasil defende que Israel pare imediatamente as agressões ao Líbano

Em nota, o Itamaraty registra “grave preocupação” com os ataques. Terrorismo de Tel Aviv, até o momento, provocou, desde 17 de setembro, a morte de mais de mil pessoas, incluindo 2 adolescentes brasileiros e os pais delas, assim como saldo de milhares de feridos

“O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a realização de operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano”, manifestou-se, por meio de nota à imprensa, o MRE (Ministério de Relações Exteriores).

Na nota, o governo Lula denuncia que o premier de Israel, o extremista de direita Benjamin Netanyahu, viola “o direito internacional, a Carta da ONU e a resoluções do Conselho de Segurança”.

“Também deplora a continuidade dos ataques aéreos israelenses a várias regiões do país, que provocaram, desde o passado dia 17, a morte de mais de 1000 pessoas, incluindo 2 adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos”, denuncia o governo brasileiro.

POSIÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO

O Brasil se posiciona pela “defesa do pleno respeito à soberania e à integridade territorial do Líbano”. E “insta Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas naquele país.”

Além disso, faz apelo, “com a máxima urgência”, pelo “cessar-fogo permanente e abrangente”.

O governo brasileiro lembra “a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular, o chamado à completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah e ao respeito à Linha Azul”.

E, ainda, “conclama a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito.”

MONITORAMENTO PERMANENTE

Por meio da nota, Brasília informou que a “Embaixada em Beirute continua a monitorar a situação dos nacionais no Líbano, em contato permanente com os brasileiros no país, aos quais continua a prestar assistência consular emergencial”.

“O Itamaraty e o Ministério da Defesa organizam conjuntamente a realização de voo de repatriação para retirada de brasileiros”, acrescentou.

Além disso, o “governo brasileiro reitera o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território libanês por meios próprios”.

O aeroporto de Beirute continua em operação para voos comerciais.

Leia na íntegra a nota do governo brasileiro:

O governo brasileiro acompanha, com grave preocupação, a realização de operações militares terrestres do exército de Israel no Sul do Líbano, em violação ao direito internacional, à Carta da ONU e a resoluções do Conselho de Segurança. Também deplora a continuidade dos ataques aéreos israelenses a várias regiões do país, que provocaram, desde o passado dia 17, a morte de mais de 1000 pessoas, incluindo 2 adolescentes brasileiros e seus pais, assim como um saldo de milhares de feridos.

Ao reafirmar a defesa do pleno respeito à soberania e à integridade territorial do Líbano, o Brasil insta Israel a interromper imediatamente as incursões terrestres e os ataques aéreos a zonas civis densamente povoadas naquele país.

O governo brasileiro renova, ainda, apelo a todas as partes envolvidas para que exerçam máxima contenção e para que alcancem, com a máxima urgência, cessar-fogo permanente e abrangente.

Recorda a necessidade de cumprimento da Resolução 1701 (2006) do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em particular, o chamado à completa cessação de hostilidades entre Israel e o Hezbollah e ao respeito à Linha Azul, bem como conclama a comunidade internacional para que se valha de todos os instrumentos diplomáticos à disposição a fim de conter o agravamento do conflito.

A Embaixada em Beirute continua a monitorar a situação dos nacionais no Líbano, em contato permanente com os brasileiros no país, aos quais continua a prestar assistência consular emergencial. O Itamaraty e o Ministério da Defesa organizam conjuntamente a realização de voo de repatriação para retirada de brasileiros.

O governo brasileiro reitera o alerta para que todos deixem as áreas conflagradas, sigam as orientações de segurança das autoridades locais e, para os que disponham de recursos para tanto, procurem deixar o território libanês por meios próprios. O aeroporto de Beirute continua em operação para voos comerciais.

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