Amorim mantém viagem à Venezuela e diz que quer contribuir para eleição limpa

“Eu acho que não podemos [entrar] no jogo de piorar as coisas”, disse o assessor de Lula

O assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Celso Amorim, confirmou a viagem para acompanhar a eleição na Venezuela. Ele desembarca na sexta-feira (26) em Caracas. Amorim disse esperar que, com a normalização democrática, seja colocado um fim às sanções dos EUA e o país amazônico possa voltar ao Mercosul.

Segundo o assessor de Lula, o objetivo da visita é “contribuir para uma eleição correta e limpa. Que quem ganhar possa tomar posse tranquilamente”, afirmou.

Sobre as críticas de Maduro ao Brasil, Amorim avalia que “não foram ofensivas conosco, que foram alusões”. “Eu acho que não podemos [entrar] no jogo de piorar as coisas”.

O presidente da Venezuela afirmou que o Brasil não tem eleições auditadas, o que levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a decidir, nesta quarta-feira (24), que não iria mais enviar observadores para acompanhar a eleição venezuelana.

A Corte eleitoral brasileira assegurou que o boletim emitido pelas urnas eletrônicas no Brasil é um “relatório totalmente auditável”. Sobre a decisão de o TSE não enviar observadores, Amorim diz que a decisão ocorreu porque houve um ataque direto ao órgão, o que ele chamou de “crítica específica”.

Houve também desistências de representantes da Colômbia e do ex-presidente da Argentina, Alberto Fernández, que iriam acompanhar as eleições, depois que Maduro criticou o processo de auditagem das urnas no Brasil e na Colômbia.

A depender de como ocorrer a disputa eleitoral no próximo domingo, Celso Amorim prevê permanecer por alguns dias a mais em Caracas para acompanhar os desdobramentos depois que o resultado da eleição for divulgado.

Entre os principais objetivos do governo brasileiro está a garantia de que os candidatos derrotados vão respeitar o resultado. Também preocupa o Brasil a possível violência nos dias subsequentes ao pleito de domingo.

Nicolás Maduro alertou recentemente para o perigo de que forças fascistas de seu país poderiam provocar um banho de sangue na Venezuela no caso de ele vencer as eleições presidenciais Alguns meios de comunicação deturparam a fala de Maduro, afirmando que ele teria ameaçado o país com um banho de sangue.

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