Eletrobrás privatizada é a maior beneficiada em leilão de energia da Aneel

Banco BTG e a portuguesa EDP também arremataram lotes dos 15 ofertados para linhas de transmissão

A Eletrobrás privatizada, o BTG Pactual e a portuguesa EDP foram os maiores vencedores do leilão de linhas de transmissão de energia, realizado na quinta-feira (28) pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), na Bolsa de Valores (B3) de São Paulo.

Via leilões, o governo busca contratos para a construção e manutenção das linhas de transmissão. As linhas de transmissão levam a energia que é gerada pelas usinas até às distribuidoras.

Ao todo, foram arrecadados R$ 18,2 bilhões. Foi o terceiro leilão de transmissão realizado neste mandato do presidente Lula, dois em 2023, com 15 lotes em 14 estados, sendo um total de 6.464 KM de linhas,  

Os lotes leiloados envolvem instalações em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso do Sul, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Tocantins e Alagoas.

Veja, a seguir, quais empresas arremataram as áreas ofertadas:

Eletrobrás – Lote 1, no Ceará e Piauí, Lote 3, no Ceará. Lote 9, em Santa Catarina. Lote 5, no Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia 

Com a privatização, a Eletrobrás está sob controle da 3G Radar, de Pedro Batista de Lima Filho, que tem como sócio a 3G Capital, do trio bilionário Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. Apesar de acionista minoritário, a 3G Radar conseguiu indicar a maioria dos membros do Conselho de Administração da companhia, denunciou a Advocacia-Geral da União (AGU), na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 7385, no Supremo Tribunal Federal (STF), em que o presidente Lula contesta  o modelo de participação acionária na Eletrobrás.

FIP Warehouse – fundo de investimentos do BTG Pactual: Lote 4, no Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas; Lote 6, na Bahia e Minas Gerais (o maior valor entre os ofertados no certame) e o Lote 14, na Bahia

EDP Trading Comercialização e Serviços de Energia  –  holding da Energias de Portugal – ficou com os lotes: Lote 2, no Piauí; Lote 7, na Bahia, Tocantins e Piauí e Lote 13, no Piauí, Maranhão e Tocantins

Consórcio Paraná IV – formado pela Mega Energy Participações, Enermais Energia, Interalli Holding e Participações e AMG Participações em Energia – levou o Lote 11, no Mato Grosso do Sul

Energisa – da  Gipar S.A., cujo controlador é a Família Botelho – ficou com o Lote 12, no Maranhão e Piauí

Consórcio Olympus XVII –  composto pela Alupar  e pelo Infra II Investment – levou o Lote 15, em Minas Gerais

Brasiluz – o Lote 8 (Rio de Janeiro)

Cox Brasil – o Lote 10, em São Paulo

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