Lula rejeita pressão pela Ucrânia e diz a Macron que “essa não é a guerra do Brasil”

O presidente Lula disse ao presidente da França, Emmanuel Macron, que o Brasil não vai ajudar a Otan e a Ucrânia na guerra contra a Rússia, mas que o país vai atuar ativamente na restauração da paz.

Os dois líderes conversaram por mais de uma hora por telefone, na quinta-feira (26).

Macron tentou pressionar Lula para que o Brasil aderisse ao grupo que está enviando armas para a Ucrânia.

Lula respondeu a Macron que “essa não é a guerra do Brasil. A guerra do Brasil é contra a pobreza”, informou o jornalista Jamil Chade do UOL.

O presidente falou, ainda, que “o Brasil quer fazer parte das negociações de paz, e não da operação de guerra”, seja com apoio político ou com envio de recursos.

Lula defendeu a abertura de canais de diálogo entre a Ucrânia e a Rússia, hoje fechados, disponibilizando o Brasil para mediar as conversas.

Na ligação, o presidente Lula disse que a Rússia errou ao invadir a Ucrânia, mas afirmou que “Otan não contribuiu para buscar um diálogo com a Rússia”.

O primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz, já pediu ao Brasil que enviasse para a Ucrânia um estoque de munições para Leopard-1, custando R$ 25 milhões.

Lula já negou esse pedido após reunião com os comandantes das Forças Armadas.

Nesta segunda-feira (30), o presidente publicou em suas redes sociais uma mensagem reforçando que “o Brasil não tem interesse em passar munições para que sejam utilizadas na guerra entre Ucrânia e Rússia. O Brasil é um país de paz”.

“Nesse momento, precisamos encontrar quem quer a paz, palavra que até agora foi muito pouco utilizada”, completou.

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