Nem cenoura dá mais para comer: alta de 121%

Dispararam também os preços do tomate (+66,36%), da alface (+37,59%) e da laranja (+33,38%). Só para citar alguns produtos que sumiram da cesta do brasileiro

A alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis fizeram o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) de março, considerado uma prévia da inflação oficial do mês, voltar a disparar. Segundo os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na sexta-feira (25), a inflação bateu recorde dos últimos sete anos ao avançar 0,95% este mês. Em um ano, a inflação acumulada atinge 10,79% – completando sete meses seguidos em que o índice anual está acima dos dois dígitos.

Os alimentos do dia-a-dia têm pesado grandemente no bolso dos brasileiros, que além da carestia, viram suas rendas despencarem sob o governo Bolsonaro.

Se no auge da pandemia, a carne bovina ficou distante da mesa do brasileiro, e continua aumentando de preço, a alta generalizada nos preços na era Bolsonaro atingiu também legumes, verduras e frutas, além da alta no preço do frango, que vinha substituindo a carne vermelha na refeição de muitas famílias.

A cenoura, por exemplo, já acumula alta nos preços que ultrapassa os 120% em 12 meses. Tomate e café ficaram mais de 60% mais caros. Diante disso, o grupo de Alimentos e Bebidas pesquisado pelo IPCA saltou 1,95% na passagem de fevereiro para março e 10,77% desde o mesmo mês do ano passado.

Variação em 12 meses – alimentos básicos

Cenoura: + 121,64%;

Tomate: + 66,36%;

Café moído: + 62,36%;

Mandioca: + 42,90%;

Açúcar refinado: + 42,24%;

Abobrinha: + 41,35%;

Alface: + 37,59%;

Laranja: + 33,38%;

Couve: + 24,37%;

Frango: + 23,55%;

Batata: + 19,89%.

No mês, a cenoura saltou absurdos 45,65%; o tomate, 15,46%; e frutas 6,34%. Houve ainda altas expressivas na batata-inglesa (11,81%), no ovo de galinha (6,53%) e no leite longa vida (3,41%).

Os Alimentos representaram o maior impacto do IPCA-15 de março, mas os custos dos combustíveis não ficam atrás. Incluído na categoria de preços de Transportes (+16,79% em 12 meses e +0,68% em março), a gasolina, diesel e gás de cozinha estão chegando a população com preços absurdos – especialmente após o mega-aumento promovido pela direção da Petrobrás com autorização do governo.

O impacto no preço da gasolina nas bombas foi, por ora, de +0,83%. O óleo diesel subiu 4,10% e o gás veicular 5,89%. No ano, o diesel acumula aumento de 38,27% e gasolina, de 27,68%.

No grupo Habitação, a vida do povo ficou ainda mais difícil com a inflação de 0,37% da energia elétrica e de 1,29% do botijão de gás.

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