Odebrecht no Peru: apresentada nova moção para destituir o presidente

Parlamentares da oposição apresentaram, na última quinta-feira, mais uma moção para destituir o presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, por “permanente incapacidade”, devido a sua longa lista de negócios escusos com a empresa Odebrecht. Esta é a segunda vez que se apresenta um recurso desse tipo contra ele. Agora o pedido soma 29 assinaturas a favor, três acima das requeridas.

Os membros do Congresso que se uniram a esta denúncia são da Frente Ampla, Força Popular, Novo Peru, Aliança para o Progresso, Partido Aprista e Independentes. Agora esperam que o pedido de impeachment seja declarado aceito para debatê-lo e votar. No Partido Peruanos pelo Kambio (nome inventado para que a sigla PPK coincida com as iniciais dele) de Kuczinski só sobraram 18 parlamentares.

Em dezembro passado, o presidente foi acusado pelas mesmas armações econômicas com a Odebrecht e escapou de ser afastado do cargo.

Para o impeachment são necessários 87 votos dos 130 membros do Parlamento peruano, mas houve somente 79 votos a favor da destituição. PPK conseguiu o apoio de 10 deputados fujimoristas e, em troca, concedeu indulto ao ditador que comandou o país entre 1990 e 2000, e estava cumprindo uma pena de 25 anos de prisão por crimes contra a humanidade.

Kuczynski, entre outros crimes, é acusado de ter recebido US$ 4,8 milhões de dólares em propina da construtora Odebrecht, através de duas empresas de sua propriedade, quando era ministro da Economia do presidente Alejandro Toledo (2001-2006). Toledo está foragido e também foi denunciado por ter recebido suborno de US$ 20 milhões da empreiteira na construção da rodovia Interoceânica que liga o Brasil ao litoral do Peru.

O Peru é um dos nove países da América Latina aos quais se espraiou o esquema de suborno em troca de contratos para obras governamentais, que também chegou à África, na esteira do conluio do cartel da Odebrecht com Lula e o PT para assaltar a estatal Petrobrás.

No Peru, a Odebrecht opera há quatro décadas, mas foi com o PT que ela perpetrou suas principais ações de corrupção no país.

 

 

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