“2024 será muito marcante para nossa parceria”, diz Alckmin ao receber chanceler da China

Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, reafirmou o “apoio histórico, consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China” em encontro com Wang Yi

O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) se reuniu com o chanceler da China, Wang Yi, para discutir a parceria do Brasil com o país para a “reforma da governança global e a cooperação bilateral em comércio, investimentos e ciência, tecnologia e inovação”.

Para Alckmin, 2024 será “muito marcante para nossa parceria. Além dos 20 anos da Cosban [Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação] e dos 50 de nossas relações diplomáticas, o Brasil preside, pela primeira vez, o G20”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Wang Yi, está no Brasil por ocasião da IV Reunião do Diálogo Estratégico Brasil-China.

“Na pauta de nosso diálogo, estão temas como a reforma da governança global e a cooperação bilateral em comércio, investimentos e ciência, tecnologia e inovação”, informou Alckmin.

“A China é, desde 2009, o maior parceiro comercial do Brasil e uma das principais origens de investimentos em nosso país. Em 2023, as transações com a China foram responsáveis por mais da metade do superávit comercial brasileiro”, continuou.

Wang Yi também se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. Vieira reafirmou o “apoio histórico, consistente e inequívoco do Brasil ao princípio de uma só China”.

Um comunicado do Itamaraty, divulgado em abril de 2023, aponta que “o governo da República Popular da China é o único governo legal que representa toda a China, enquanto Taiwan é uma parte inseparável do território chinês”.

Wang Yi disse que “estamos cientes das nossas responsabilidades em promover a paz e o desenvolvimento do mundo. Nossa cooperação ultrapassa o âmbito bilateral. Nossa cooperação deve ter papel positivo para a estabilidade do mundo”.

Os chanceleres discutiram as guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e o Hamas.

Os dois ministros assinaram um acordo para aumentar de 5 para 10 anos o prazo dos vistos em passaportes comuns. “A iniciativa facilitará as viagens, incentivará a promoção de negócios e impulsionará o turismo entre os países”, disse o Itamaraty.

Na sexta-feira (19), o presidente Lula teve uma reunião, que durou 50 minutos, a portas fechadas com Wang Yi em Fortaleza. Os detalhes não foram divulgados.

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